PESQUISE AQUI

Custom Search

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Descoberta floresta de mil anos!

Uma antiga floresta, que estava escondida sob uma geleira no Alasca (EUA), descongelou e está agora exposta ao mundo pela primeira vez em mais de mil anos. Troncos de árvores têm surgido debaixo da Geleira Mendenhall durante mais de 50 anos. Ela está localizada no sul do estado do Alasca, e possui 95,3 quilômetros quadrados de área – praticamente um quarto do tamanho da cidade de Curitiba. Na realidade, trata-se de um rio de gelo que flui na direção de um lago, perto da capital Juneau. No entanto, apenas ano passado os pesquisadores da Universidade do Sudeste do Alasca, em Juneau, notaram que um número consideravelmente maior de árvores estava aparecendo. De acordo com o jornal local “Juneau Empire”, que publicou uma matéria sobre o assunto na metade deste mês, grande parte da vegetação foi encontrada em sua posição vertical original e algumas árvores ainda apresentavam suas raízes e até um pouco de sua casca. “Há um monte de árvores lá, e o fato de muitas delas estarem em pé é interessante para nós porque, desta forma, podemos observar a parte mais externa das árvores e ter uma estimativa de quantos anos elas tinham quando morreram”, conta Cathy Connor, professor de geologia da Universidade do Sudoeste do Alasca, que está envolvido na pesquisa. “Normalmente, nós encontramos pedaços de madeira desordenados, por isso encontrar uma floresta praticamente intacta é muito legal”. A equipe identificou as árvores como sendo de duas espécies diferentes: abeto e cicuta. “Utilizamos como base o tamanho do diâmetro dos troncos e o fato de que estes são os tipos de árvores que até hoje crescem na região”, conta Connor. Uma camada de pedra provavelmente envolveu as árvores há mais de mil anos, momento em que a geleira começou a avançar. Os pesquisadores estimam a data baseando-se na idade das árvores recém-reveladas, por meio do método de radiocarbono. Uma camada de rochas de cerca 1,20 a 1,5 metro de altura parece ter coberto completamente as árvores antes de a geleira finalmente avançar o suficiente para se fechar sobre elas, arrancando as copas, mas preservando os tocos em uma espécie de tumba de gelo. A Geleira Taku, localizada ao sul da cidade de Juneau, está provocando este mesmo processo, uma vez que avança sobre uma floresta de choupos (também conhecidos como álamos), oferecendo aos pesquisadores a oportunidade de observar o processo em tempo real. Ao contrário da Geleria Taku, que acumula sua neve em uma altitude elevada e, portanto, tem a tendência de continuar crescendo, a Geleira Mendenhal está situada em uma elevação mais baixa e tem recuado a uma taxa média de cerca de 52 metros por ano desde 2005. “A medição do verão deste ano [no hemisfério norte] ainda não foi feita, mas a equipe espera que o degelo tenha sido relativamente grande devido às temperaturas anormalmente quentes de 2013”, conta Connor. A diminuição das geleiras preocupam muitos moradores, assustados com a ameaça de uma grande elevação do nível do mar, além da perda de fontes de água doce, essenciais para que os habitantes obtenham água potável. Anchorage, a cidade mais populosa do estado, depende inteiramente da retirada de água potável da Geleira Eklutna para servir sua população. Ainda assim, o recuo glacial oferece uma interessante oportunidade para investigar os restos bem preservados de um mundo antigo. A equipe pretende retornar à Geleira Mendenhall para cavar através dos sedimentos em busca de folhas de pinheiros, além de outros tipos de vegetação. Os pesquisadores também planejam medir a taxa de crescimento das árvores para determinar quantos anos elas tinham quando morreram. Os pesquisadores ainda não publicaram os resultados do estudo, mas planejam fazê-lo assim que reunirem mais dados. [Live Science] Fonte: Hypscience.com

Ecosistema marinho seriamente ameaçado!

Os oceanos do mundo estão diante de uma ameaça maior do que se supunha anteriormente, proveniente de um "trio mortal" composto por aquecimento global, nível de oxigênio em declínio e acidificação, informou um estudo internacional divulgado nesta quinta-feira (3). "Os riscos ao oceano e aos ecossistemas que ele apoia vêm sendo subestimados de forma significativa", segundo o Programa Internacional sobre o Estado do Oceano (Ipso, na sigla em inglês), um grupo não governamental de cientistas. "A escala e a velocidade da perturbação de carbono atual, e a resultante acidificação do oceano, são inéditas na história conhecida da Terra", segundo o relatório feito com a União Internacional para a Conservação da Natureza. Os oceanos estão se aquecendo por causa do calor resultante do acúmulo de gases do efeito-estufa na atmosfera. Fertilizantes e esgoto que vão parar nos mares podem provocar a proliferação de algas, reduzindo os níveis de oxigênio nas águas. E o dióxido de carbono no ar pode formar um ácido fraco quando reage com a água do mar. "O ‘trio mortal' de acidificação, aquecimento e desoxigenação está afetando gravemente a produtividade e a eficiência do oceano", diz o estudo. Alex Rogers, da Universidade de Oxford, diretor científico do Ipso, disse que os cientistas estavam descobrindo que as ameaças aos oceanos, dos impactos de carbono à pesca predatória, estavam se misturando. "Estamos vendo impactos em todo o mundo", ele disse. Extinções Condições atuais nos oceanos eram similares às de 55 milhões de anos atrás, conhecidas como máximo térmico Paleoceno-Eoceno, que levaram a extinções em massa. Mas o ritmo atual da mudança está mais rápido e significa maiores tensões, disse Roger. A acidificação, por exemplo, ameaça os organismos marinhos que usam carbonato de cálcio para formar seus esqueletos -como os recifes de corais, caranguejos, ostras e alguns plânctons vitais para as redes alimentares marinhas. Enquanto que o aquecimento empurra muitos cardumes de peixes comerciais para os polos e eleva o risco de extinção para algumas espécies marinhas. Os corais podem parar de crescer se as temperaturas subirem até 2ºC e correm risco de dissolverem em um ambiente com 3ºC, disse o estudo. Os cientistas disseram que as descobertas acrescentaram urgência a um plano de quase 200 governos para chegar a um acordo até o final de 2015 para limitar um aumento na média das temperaturas mundiais para menos do que 2ºC acima da era pré-industrial. Fonte: http://g1.globo.com/natureza/

sábado, 5 de outubro de 2013

Relatório do IPCC

É importante discutir o que foi tratado na reunião do IPCC. Como era de se esperar, o Homem é o principal responsável pelo Aquecimento Global. Tenho muito falado em substituir o automóvel por bicicletas no deslocamento nas cidades, mas esse é um assunto que tratarei com mais carinho em breve. Voltando ao IPCC, um dos cientistas que participou da reunião, José Marengo do INPE, que foi entrevistado pelo blog Planeta Sustentável nos informa alguns pontos interessantes. Segue parte da entrevista: OS PONTOS PRINCIPAIS “A mensagem mais importante que esse novo relatório do IPCC traz é que, de fato, o planeta está esquentando. As análises mostram que, desde 1850, no início da era industrial, o aquecimento foi de cerca de 0,9ºC, sendo que mais de 66% dele aconteceu depois de 1950. Pode não parecer muito, mas, se fizermos analogia com algo que conhecemos bem, como o corpo humano, perceberemos que é grave. O aumento de 1ºC na nossa temperatura já causa febre e mal-estar. O mesmo ocorre com o planeta: mais 0,9ºC provoca forte impacto na biodiversidade. Outro ponto importante é o fato de haver 95% de certeza de que o homem é responsável por boa parte desse aquecimento global, que é natural, mas está se acelerando por ação antrópica. É como se estivéssemos com o carro em uma descida: ele desce pela lei da gravidade, mas se você pisa no acelerador ele vai muito mais rápido. É hora de assumirmos nossa participação nessa situação para revertê-la”. AS NOVIDADES “Um dado que surpreendeu um pouco nesse novo relatório do IPCC é o fenômeno conhecido como hiato do aquecimento. A partir de 1999, a temperatura global caiu um pouco, o que levou muita gente a dizer que a era do aquecimento global acabou e entrávamos na era do resfriamento. O quarto relatório da ONU não tinha muita literatura sobre isso, mas agora a questão é mais estudada e sabemos que um resfriamento similar aconteceu entre 1950 e 1970. Depois disso, no entanto, a temperatura subiu com mais força. Por isso, o que se prevê é que esse período relativamente mais frio acabe em 5 ou 10 anos, quando voltará a esquentar mais intensamente. Outro dado relativamente novo do AR5 é o papel dos aerossóis no clima. Essas partículas que vêm das queimadas ou da fumaça dos carros resfriam o planeta. No entanto, o volume de gases do efeito estufa é muito maior. Logo, a tendência de aquecimento global prevalece. Isso fica melhor representado nos modelos de agora”. AS EXPECTATIVAS “O IPCC não recomenda políticas, seu trabalho é fornecer evidências científicas. No entanto, o título do painel leva a palavra ‘intergovernamental’ justamente porque os pesquisadores são escolhidos pelos governos. O que queremos é que os países ouçam os resultados do trabalho daqueles que elegeram – e, portanto, confiam – e que a ciência passe a ser considerada pela política. Esperamos que esse novo relatório leve as bases científicas necessárias para que os governos atuem nas negociações globais da COP19 e estabeleçam metas de redução de emissões. Se não, podemos chegar ao pior cenário apontado pelo AR5, de aumento de 4,8ºC na temperatura do planeta até o final do século, e aí será realmente um ‘salve-se quem puder’. Não devemos traduzir esse relatório como se fosse o apocalipse. Mas se trata de um chamado de atenção. É preciso agir para ‘desfazer o nó’ que causamos no planeta ou a situação ficará insustentável nos próximos 40 ou 50 anos”. O BRASIL “Acredito que o Brasil esteja em uma boa posição. Os ministérios do Meio Ambiente e da Ciência, Tecnologia e Inovação, por exemplo, uniram-se para implantar o Plano Nacional de Adaptação. E o melhor: essa decisão foi tomada antes da divulgação do AR5 e do relatório do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, o que mostra que o governo está entendendo a importância do assunto. Como o nosso país é, de certa forma, copiado por outros, essa iniciativa se torna ainda mais importante. A Argentina, por exemplo, já está pensando em fazer o Painel Argentino de Mudanças Climáticas, inspirado no nosso. Então, acho que o Brasil pode assumir liderança nessa área”. OS DOIS GRAUS “O limite de 2ºC no aumento da temperatura do planeta até 2050, sugerido pelo IPCC, chegou a ser mencionado até como compromisso político na COP15, mas eu pessoalmente acho quase impossível não passarmos desse limite. Talvez ultrapassemos muito pouco, mas ultrapassaremos. Para que isso não ocorresse, seria necessário muito comprometimento e negociação dos países e isso é muito difícil no cenário atual. A economia está muito ruim na Europa, a agenda ambiental foi para segundo plano e é o dinheiro que manda. Um país que está com problemas de desemprego não vai se preocupar em reduzir emissões, porque os governantes não querem ser impopulares. Os benefícios de manter o desenvolvimento econômico são imediatos, aparecem em 1 ou 2 anos, dentro do mandato do presidente ou do primeiro-ministro. Mas as vantagens ambientais não são vistas tão rapidamente e podem aparecer até dois mandatos depois. Esse é um dos empecilhos das negociações, que já foi sentido em Dohan, na Rio+20 e precisa ser trabalhado para não atravancar a COP19, em Varsóvia, em novembro deste ano”. Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/blog-do-clima/2013/10/04/relatorio-do-ipcc-nao-e-apocaliptico-diz-jose-marengo/?utm_source=redesabril_psustentavel&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_psustentavel_blogdoclima