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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

IBOPE APONTA QUE OS BRASILEIROS ESTÃO DISPOSTOS A SEPARAR O LIXO, MAS NÃO SÃO ATENDIDOS

A menos de dois anos do prazo final para a implementação da coleta seletiva e para o fim dos lixões em todo o país, pesquisa inédita do Ibope revela uma situação curiosa: a população brasileira quer cuidar melhor de seu lixo, mas não é atendida pelos governos. O estudo, encomendado pelo WWF-Brasil no âmbito do Programa Água Brasil, foi divulgado na manhã desta quarta-feira (28), durante a Expocatadores, que vai até sexta-feira (30), em São Paulo. O Programa Água Brasil, concebido pelo Banco do Brasil, é desenvolvido em parceria com Fundação Banco do Brasil, WWF Brasil e Agência Nacional de Águas (ANA). A pesquisa revelou que a maioria da população (64%) não é atendida pela coleta seletiva e 1% não sabe o que é isso. De acordo com o estudo, entre os 35% da população que são atendidos pela coleta seletiva, em apenas metade dos casos o serviço é prestado pela prefeitura. A outra metade é informal, prestada por catadores de rua, cooperativas ou associações ou entregues em pontos de coleta voluntária. Entre aqueles que não contam com serviço de coleta seletiva, a disposição para separar materiais é alta: 85% se dizem dispostos a separar o lixo em casa se tiverem coleta seletiva ou ponto de entrega voluntária. De outro lado, a pesquisa também mostra que a população não quer pagar para ter o serviço. A maioria – 65% – é contra a cobrança da taxa do lixo. O estudo revela, ainda, desconhecimento dos brasileiros em relação ao destino dos resíduos. Uma em cada três pessoas não faz ideia para onde vai o lixo produzido em sua casa. A consciência sobre resíduos prejudiciais para meio ambiente ainda é desigual: Pilhas e baterias são os mais conhecidos. Disposição para a mudança Apesar do desconhecimento, a disposição para adotar comportamento sustentável é alta: 41% dos entrevistados se dizem dispostos a adotar os três erres (reduzir, reusar e reciclar). E um em cada três entrevistados está disposto a abrir mão de produtos, ainda que com prejuízo da comodidade, e a exigir dos fabricantes solução para os impactos ambientais dos produtos. De acordo com o coordenador do Programa Educação para Sociedades Sustentáveis do WWF-Brasil, Fábio Cidrin, o desafio para a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos “é muito grande”. Ele lembrou que, a menos de dois anos para o prazo final para municípios terminarem com os lixões e implementarem a coleta seletiva, não há sinais de que as metas serão cumpridas. O presidente da Fundação Banco do Brasil, Jorge Streit, lembrou que o Programa Água Brasil atua em cinco cidades brasileiras para desenvolver tecnologias e experiências que possam ser replicadas para todo o país. E observou que a pesquisa tem grande importância para o programa na medida em que estuda, além do descarte, os hábitos de consumo da população – justamente o ponto onde começa a geração de resíduo. O líder dos catadores de materiais recicláveis Severino Lima Júnior avaliou que a pesquisa mostra que a Política Nacional de Resíduos Sólidos “ainda está para ser implementada”. Segundo ele, ainda faltam informações e iniciativas. “Precisamos, por exemplo, de informações de ordem econômica. Saber quanto custa fazer a coleta seletiva, por exemplo”, disse. “É importante que esse estudo seja reconhecido pelo poder público”, concluiu. Veja aqui a pesquisa completa. Fonte : http://pv.org.br/2012/11/29/ibope-brasileiro-quer-cuidar-do-lixo-mas-nao-e-atendido/

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Emissão de CO2 supera a meta de 2020.

Não querendo ser ecochato, mas já está um absurdo a emissão de CO2 na atmosfera. Vamos parar de andar de carro, minha gente. Vamos aderir à bicicleta - chega mais rápido! Vejam reportagem do Estadão: Informe da ONU, lançado a poucos dias da cúpula do clima em Doha, alerta que temperatura média pode subir até 5°C neste século Paris - O Estado de S.Paulo As promessas da comunidade internacional de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa para conter o aumento de temperatura em até 2°C não foram cumpridas, advertiu ontem a Organização das Nações Unidas (ONU) em um informe elaborado por um painel de 55 especialistas de 20 nacionalidades diferentes. O relatório mostra que o nível atual de emissões já está cerca de 14% acima do que deveria estar em 2020. Em vez de cair, as emissões aumentaram em torno de 20% desde o ano 2000. "A transição para uma economia de baixo carbono está sendo feita de maneira extremamente lenta", alertou Achim Steiner, diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). De acordo com ele, "as possibilidades de se conseguir um aumento máximo de 2°C são reduzidas um pouco mais a cada ano". O objetivo de 2°C fixado pela comunidade internacional é o máximo, segundo os cientistas, para evitar que o sistema climático comece a produzir efeitos que acelerariam fortemente o aquecimento do planeta. Para alcançar a meta de reduzir o aumento do aquecimento global a um máximo de 2°C, seria necessário que o planeta emitisse até 44 gigatoneladas de CO2 equivalente por ano até 2020. Entretanto, atualmente são emitidas aproximadamente 50 gigatoneladas, segundo o informe. Meta distante. A ONU também alerta que, se medidas urgentes não forem tomadas, o nível pode chegar a 58 gigatoneladas em oito anos, e o aumento médio da temperatura do planeta durante este século será de 3°C a 5°C. O relatório foi apresentado poucos dias antes da abertura da grande reunião de cúpula anual sobre o clima, que será realizada em Doha, no Catar, de segunda-feira, dia 26, até 7 de dezembro. Representantes de mais de 190 países tratarão dos esforços para conter as mudanças climáticas. Espera-se que um acordo seja fechado até 2015, para que entre em vigor em 2020. "Quanto antes os países cumprirem o que prometeram, melhor será. Mas, mesmo que cumpram todos os compromissos, isso não será suficiente para alcançar a meta de 2°C", afirmou um dos especialistas da ONU, John Christensen. "Os países podem aumentar seu nível de ambição, mas isso significa que se deve agir agora", reforçou. Brecha crescente. Em 2011, o Pnuma estimou que a brecha entre as intenções declaradas pelos países após a reunião de Copenhague, em 2009, e as emissões mundiais máximas compatíveis com o limite de um aumento da temperatura de até 2°C era, no melhor dos casos, de 6 gigatoneladas. Agora, afirma o Pnuma, essa brecha aumentou para mais de 8 gigatoneladas. Isso se explica em parte porque "os países esclareceram suas promessas, explicando como elas devem ser interpretadas na prática, o que permitiu atualizar nossa avaliação", explicou um dos autores do informe, Joeri Rogelj. Apesar dos alertas, o diretor executivo do Pnuma tentou manter o otimismo, observando que a brecha entre as intenções e as metas "poderia ser reduzida, com o emprego das tecnologias existentes e com a aplicação de políticas". Steiner também chamou atenção para "as numerosas ações aplicadas em cada um dos países-membros", assim como a busca por uma maior eficiência energética nos edifícios, a luta contra o desmatamento e o aumento notável dos investimentos na geração de energia renovável, que chegaram a US$ 260 bilhões no ano passado. / AFP e REUTERS O Estado de S. Paulo