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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

MAIS UM DIA DE CHUVA

Como chove nesta terra de Deus!
Mal começou a temporada e também a chuva.
Claro que as plantas agradecem, mas e nós?
A chuva de um certo modo desmotiva as pessoas que estão no litoral. Algumas ficam em casa jogando baralho ou vendo TV, outras arriscam uma saída de carro passando por uma buraqueirada que dá o que falar. Não adianta desviar de um buraco que cai em outro. Aqueles que estão reformando a casa (e no litoral sempre tem reformas) não se conformam porque o pessoal não trabalha neste tempo chuvoso. E nem dá! Tem aqueles que deixam seus animais pastando por aí e não estão nem aí com a chuva, deixando os pobres animais amarrados e tomando chuva. Como a grama cresce rapido nestes dias! Corta-se e em uma semana está pronta para corte de novo. Semana passada a coisa foi feia. Árvores caindo, galhos despencando e fazendo estragos, chuva de granizo (coisa inédita em litoral), calhas que não aguentavam a grande quantidade de água, goteiras, enfim muito estrago. Mas, as plantas agradecem e devemos agradecer também porque tem lugares que nem um pingo d'água cai e aí fica difícil.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL e um 2012 FELIZ

F E L I Z N A T A L

Que 2012 venha recheado de alegrias, satisfações, realizações, e que o calendário Maia esteja errado.

Calor a 40 graus

As temperaturas no Paraná vêm registrando recordes. De acordo com o Serviço de Meteorologia do Paraná (Simepar), em algumas localidades do Estado, na tarde de ontem, dia 21, os termômetros chegaram a quase 40 graus.

O levantamento do serviço de meteorologia indica que a temperatura atingiu 39, 3°C em Antonina. A região de União da Vitória teve o dia mais quente desde 1997, chegando aos 34,3º C.

O calor extremo deixou as taxas de umidade relativa do ar abaixo de 35% no Estado, causando desconforto respiratório.
Fonte: JMA Jornal do Meio Ambiente

Acidentes com Água Viva

Apesar da maioria dos casos de acidentes com água viva tenham ocorrido em Antonina, na região da Ponta da Pita, é bom se prevenir. Além de levar a tradicional garrafinha de água mineral, leve junto uma garrafinha com VINAGRE. Muito importante saber que não se deve colocar água sobre a área atingida pela água viva. A ardência será minimizada se colocarmos vinagre.
Veja algumas recomendações segundo o Jornal do Meio Ambiente:

O ANIMAL – As águas-vivas são animais de estrutura radial, a maioria com tentáculos, podendo apresentar-se em formas fixas (hidras ou pólipos) ou móveis (medusas). Podem aparecer em grande quantidade nas praias de mar aberto ou mesmo no interior das baías.

São representadas por várias espécies ao longo do Litoral do Brasil. Poucas, no entanto, estão implicadas em acidentes com humanos. Podem nadar livremente, embora dependam em grande parte das correntes, ventos e marés para se locomover.

Ao observar a ocorrência de águas-vivas na praia, deve-se evitar entrar no mar ou mesmo tocá-las quando aparentemente mortas na areia.

O contato com a água-viva causa dor imediata, de forte intensidade, com sensação de ardência. Pessoas mais sensíveis ou alérgicas podem ter reações mais intensas, como náuseas, vômitos ou dificuldade para respirar.

O acidentado deve sair da água e buscar atendimento médico, para o tratamento da dor e das complicações.

ATENDIMENTO – A Superintendência de Vigilância em Saúde publicou uma Nota Técnica com informações sobre a biologia das águas-vivas e caravelas, o protocolo de atendimento aos acidentados e as normas e fluxos de notificação. O texto será distribuído para todas as secretarias municipais e serviços de saúde do Litoral.

A secretaria também firmou uma parceria com o Corpo de Bombeiros para que os guarda-vidas, que prestam primeiros-socorros aos acidentados com águas-vivas nas praias do Paraná, passem a registrar os dados relativos a esses atendimentos, de forma que as secretarias municipais de saúde possam notificar os acidentes no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan). Os acidentes com animais peçonhentos, incluindo aqueles com águas-vivas, são de notificação compulsória ao Ministério da Saúde.

“Todos os guarda-vidas estão sendo orientados para o atendimento aos casos de queimadura por água-viva. Por isso, o melhor a fazer ao sentir a sensação de urticária provocada pelo contato com a água-viva é procurar um guarda-vida. Se o caso for mais grave, a pessoa será levada a um serviço de atendimento em saúde para receber os cuidados adequados”, explica o tenente-coronel Edemilson de Barros, comandante do Corpo de Bombeiros no Litoral.

Ele sugere que, antes de entrar na água, os banhistas consultem um guarda-vida sobre a ocorrência de águas-vivas na região.

domingo, 18 de dezembro de 2011

ATO CRIMINOSO NA RESTINGA DE PONTAL

Hoje, como todo dia, saí para almoçar pedalando minha bike.
Chegando perto do restaurante notei a fumaça. Primeiro achei que era alguém com a churrasqueira a pleno vapor, mas o cheiro não era de nenhum tipo de carne sendo assada. Era um cheiro característico de mato queimado. Logo, percebi de onde vinha: da restinga em Pontal do Sul. Por coincidência, muitas pessoas já desceram para o litoral para passar suas férias. Muitas vão cortando grama, galhos de árvores, limpam folhas secas caídas e... jogam em algum lugar para colocar FÔGO!!! Quanta imbecilidade essa. Deixe a natureza apodrecer as folhas ou chame a Prefeitura que ela dá um jeito de tirar o lixo. Coloque em sacos grandes de plástico biodegradável, vendidos em qualquer supermercado, que o caminhão de lixo tira. Mas não, preferem atear fogo aumentando ainda mais o CO2 na atmosfera! O que provavelmente aconteceu na restinga foi algum desmiolado que jogou seu "lixo" de folhas, grama e galhos e pôs fôgo, como já aconteceu em outras vezes, havendo necessidade de mobilizar o Corpo de Bombeiros para apagar as chamas. Como ato criminoso deveria ser tratado como tal, na forma da lei. Pronto, falei!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Senado vergonhosamente aprova código florestal com anistia a desmatadores.

Um dia depois de o Inpe divulgar o menor índice de desmatamento da Amazônia já registrado, o Congresso reanimou a sanha da motosserra. Foi em ritmo de atropelo, sob pressão ruralista e o tácito consentimento do governo, que a proposta que acaba com a proteção florestal foi aprovada hoje no Senado. Com 58 votos a favor e 8 contra, o novo Código Florestal foi adiante ainda carregando brechas para mais desmatamento e anistia a desmatadores.

Uma das últimas esperanças para a preservação da floresta, a emenda que pedia uma moratória de dez anos para o desmatamento na Amazônia teve apoio na plenária, mas foi rejeitada com o presidente da mesa, José Sarney (PMDB-AP), encerrando rapidamente a votação.

Votaram contra a desfiguração da lei e honraram o compromisso com seus eleitores apenas os senadores Marcelo Crivella (PRB/RJ), Cristovam Buarque (PDT-DF), Marinor Brito (PSOL-PA), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Lindbergh Farias (PT-RJ), Paulo Davim (PV-RN), Fernando Collor de Mello (PTB-AL) e João Capiberibe (PSB-AP).

Não houve surpresa, infelizmente. O projeto de lei aprovado é o reflexo dos anseios ruralistas – ainda que não tão explícito quanto era quando saiu da Câmara dos Deputados – e foi transformado, em vez de uma lei ambiental, em mais uma lei de uso agropecuário do solo. Em breve, o Código Florestal, como legislação ambiental mais avançada do mundo, passará a ser um instrumento para ruralista ligar a motosserra.

"O texto aprovado é muito ruim. Ele abre brechas para o avanço do desmatamento sobre as florestas, e esse estrago já causou prejuízos, como no caso do estado do Mato Grosso", explica o diretor da campanha da Amazônia do Greenpeace, Paulo Adario. Alertado e pressionado pelas organizações da sociedade civil, o governo foi a campo e conseguiu evitar que aquela explosão continuasse.

"O índice de desmatamento, em queda nos últimos anos, tem de ser mantido. E o governo precisa mostrar que de fato tem um plano sustentável para o país, como já disse a presidente Dilma tantas vezes", diz Adario.

Em plenário, os senadores falaram em um consenso sobre o texto, mas essa é mais uma manobra da bancada ruralista para convencer a presidente de que não é necessário tomar nenhuma atitude contra o projeto. Isso só fica assim se ela se fizer de surda para os apelos de todos os demais setores da sociedade.

O texto agora volta para votação pelos deputados, onde espera-se que o trâmite seja rápido (afinal, os ruralistas querem é que ele seja aprovado logo mesmo), para então passar para as mãos da presidente.

Ritmo de motosserra

O processo de reforma do Código Florestal foi conduzido de forma totalmente desigual. Depois de ser costurado pelos ruralistas na Câmara por um ano e meio, o Senado teve apenas seis meses para apresentar um relatório final. Com pressa tal, o debate foi atropelado e os senadores não deram o devido valor à contribuição da ciência e das organizações da sociedade civil, argumento que tanto usaram para mostrar que naquela Casa o nível da discussão seria diferente.

Enquanto as vontades ruralistas eram plenamente acatadas pelos relatores, as recomendações de cientistas, juristas, ambientalistas e demais organizações, além de 1,5 milhão de brasileiros foram solenemente ignoradas.

"Os cientistas e o Ministério Público já disseram que esse Código Florestal não é bom para o meio ambiente e será questionado juridicamente. Para que não haja um desastre ambiental no país, a presidente Dilma deve cumprir suas promessas de campanha, contra a anistia e o desmatamento, e vetar o projeto", afirma Adario.

Fonte: Greenpeace

Aproveite e visite a página do Greenpeace e assine a petição para que a Presidente Dilma vete o código.

http://www.greenpeace.org/brasil/pt/O-que-fazemos/Amazonia/Pagina-Codigo-Florestal/

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Código Florestal

Bancada do PV lamenta aprovação do relatório do novo Código Florestal no Senado

A Bancada do Partido Verde lamentou a aprovação do relatório do senador Jorge Viana (PT-AC) sobre o projeto do novo Código Florestal na Comissão de Meio Ambiente do Senado (CMA).

De acordo com o líder da Bancada, deputado Sarney Filho (MA), a proposta, a despeito dos ligeiros avanços em alguns pontos, mantém, quase que na íntegra, os retrocessos ambientais aprovados na Câmara dos Deputados e nas Comissões de Ciência e Tecnologia e de Agricultura do Senado Federal, como a anistia, a impunidade a quem desmatou ilegalmente, e a redução de proteção às florestas. “Em razão disso, envidaremos todos os esforços possíveis para corrigir tais distorções, quando a matéria retornar a Câmara dos Deputados”, afirmou o líder.

Entre os pontos mais críticos aprovados no Senado, o deputado destaca a anistia para desmatamentos irregulares realizados até 22 de julho de 2008, o que, segundo ele, além de ser um prémio para aqueles que não cumpriram a legislação, pode incentivar inclusive novos desmatamentos.

“A permissão para recuperação de APPs em níveis inferiores aos atualmente fixados, ou seja, onde a recuperação da mata ciliar deveria ser de 30 metros, permite recuperar apenas 15m, foi outro grande retrocesso ambiental”, afirmou o líder.

Por fim, Sarney ressaltou também que o relatório aprovado na CMA do Senado não prevê a recuperação de nascentes, deixando vulneráveis áreas indispensáveis para a manutenção de recursos hídricos. “Trata-se de um dos mais graves pontos do texto aprovado”, concluiu o parlamentar.

Fonte : Frente Parlamentar Ambientalista

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Limpeza e Meio Ambiente

O Instituto das Águas do Paraná informou que está pronto para iniciar o trabalho de limpeza pública nos municípios, a partir de 1º de dezembro, com ações prévias de roçada e retirada de caliça de obras nas residências, limpeza e varrição de ruas, praias e trilhas. A partir de 15 de dezembro começam a trabalhar as equipes de coleta de lixo domiciliar e de material reciclável, bem como nas ações de conscientização ambiental.

Serão instaladas 1,2 mil lixeiras ao longo da orla paranaense. As empresas contratadas irão empregar 550 pessoas nos trabalhos. O Águas Paraná está investindo R$ 10,1 milhões na coleta e destinação de resíduos sólidos urbanos e outros R$ 2,1 milhões em uma licitação para obras de limpeza e desassoreamento de rios, córregos e canais da região, para prevenção contra alagamentos.

O Instituto Ambiental do Paraná, em parceria com o Águas Paraná e Secretaria do Meio Ambiente, vai desenvolver atividades de orientação e educação ambiental no Litoral e nas costas Oeste e Norte do Estado. O instituto também preparou um programa de visitação de parques estaduais e outras unidades de conservação e vai fiscalizar questões ligadas à flora, fauna e restinga e áreas de mar aberto. O IAP novamente ficará responsável pela análise e divulgação das condições de balneabilidade da água em 23 pontos de coleta no Litoral.


Fonte: AEN
Edição: Correio do Litoral.com

IAP passará a monitorar qualidade da areia neste verão

Boa notícia para o litoral do Paraná. Que a areia seca tem contaminação, isso é sabido, haja visto que testes realizados em outros balneários já comprovaram isso, como podemos ver no final da reportagem do jornal Correio do Litoral abaixo:

O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) iniciou no dia 21 um projeto piloto de monitoramento da qualidade da areia seca nas praias do Litoral.

O objetivo é desenvolver um trabalho semelhante ao realizado com a água do mar.

A pesquisa busca monitorar os índices microbiológico e parasitológico das areias do Litoral, atendendo o artigo nº 8 da Resolução Conama 274/00 do Conselho Nacional de Meio Ambiente – que recomenda a avaliação das condições das praias para futuras padronizações. Para isso, usa-se como referência o trabalho de mestrado “Aspectos microbiológicos da qualidade sanitária das águas do mar e areia das praias de Matinhos, Caiobá e Guaratuba – PR”, da funcionária do IAP Sumaia Andraus, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Paraná.

Segundo o trabalho, a contaminação das areias é proporcional à contaminação das águas. O estudo aponta que não é necessário monitorar a areia úmida, uma vez que sua qualidade melhora quando não há contaminação da água e movimento das marés.

“A cada ano, o número de residências, prédios e banhistas aumenta no Litoral. É necessário, portanto, um projeto global envolvendo as secretarias do Meio Ambiente e da Saúde, IAP, Sanepar, Águas Paraná e Ministério Público, entre outros, no sentido de identificar e instruir os moradores que ainda não ligaram o esgoto de sua residência na rede”, afirma o presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto. “Mas também é importante que os veranistas cuidem do meio ambiente para ter uma temporada saudável”, completa.

Os dados da primeira fase do estudo da qualidade da areia serão divulgados apenas após o término das pesquisas. O relatório sobre a qualidade da água nos 23 pontos de coleta do Litoral estará disponível para consulta nas barracas do IAP e no site www.iap.pr.gov.br..

Monitoramente pode virar lei

O deputado estadual Rasca Rodrigues (PV), ex-secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, apresentou projeto de lei tornando permanente o monitoramento da qualidade das areias das praias, rios e represas. De acordo com Rasca, pesquisa em praias de São Vicente (SP) demonstrou que a densidade das duas bactérias é significativamente maior nas areias das praias do que na água do mar. “Já uma pesquisa realizada na areia de quatro balneários catarinenses (Camboriú, Itapema, Itajaí e Porto Belo), concluiu que a quantidade de coliformes fecais na areia chega a ser três vezes maior que a do esgoto bruto”, informou o deputado ao Correio do Litoral.com.

Fonte:Correio do Litoral em 29.11.2011

sábado, 26 de novembro de 2011

Novo Código Florestal mantém o rigor da legislação de 1965

O novo Código Florestal não será complacente com novos desmatamentos, destacou nesta sexta-feira (25) o senador Jorge Viana (PT-AC), relator da proposta na Comissão de Meio Ambiente da Casa. Em discurso do plenário, o petista disse que o projeto mantém o rigor da legislação de 1965, em vigor até hoje, e ainda busca recuperar o passivo ambiental de 50 milhões de hectares de área desmatada, acumulados no país nos últimos anos.

“Alguns tentam fazer certa confusão, que é normal, mas à letra fria do que está escrito, quando todos olharem, mesmo com as paixões, vão ver que mantivemos todo o rigor que já acompanhava o Código Florestal de 1965.”

Na quinta-feira (24), depois de mais de cinco horas de discussão, a Comissão de Meio Ambiente finalizou a votação do novo texto do Código Florestal. A proposta será agora analisada pelo plenário.

Para Viana, o novo código foi construído para “trazer de volta” o que foi desmatado. “Onde flexibilizamos? Trazendo de volta a floresta perdida? Quem desmatou ou quem desmatar uma única árvore e não esteja licenciado, de 22 de julho de 2008 e daqui para frente, terá que recompor essa árvore, trazendo-a de volta. Não tem trela para desmatadores na proposta do novo código”, discursou Viana.

Ao contrário do texto aprovado na Câmara o que tramita no Senado obriga a recomposição de pelo menos parte da vegetação desmatada, disse Viana. “Quantos passaram pelos governos e frearam a destruição, tentaram trazer as florestas de volta e não conseguiram recuperar nenhuma árvore? O novo código resolve esse impasse”, disse Viana. “O texto da Câmara dizia que havia certa anistia geral irrestrita. Mas a proposta do Senado diz que não. A proposta do Senado diz que vamos trazer boa parte desses 50 milhões de hectares perdidos de volta”, completou. (Fonte: Ivan Richard/ Agência Brasil)
VAMOS ESPERAR PARA VER!!!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Enquanto todos se voltam para o petróleo no mar, os ruralistas se alegram com o código florestal!

Último relatório do Código Florestal no Senado mantém erros que vieram da Câmara dos Deputados, como anistia e diminuição da proteção das florestas

zoom

Relatório de Jorge Viana, último antes da votação final no Senado, foi apresentado na manhã de hoje. Principais erros da Câmara seguem no texto. Crédito: Geraldo Magela / Agência Senado


Na pressa para a votação, até o fim deste mês, do Projeto de Lei que tenta acabar com a proteção das florestas, foi convocada uma reunião extraordinária da Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado, para a leitura do último relatório da matéria, feito por Jorge Viana (PT-AC). Segundo o próprio senador, as mudanças que fez “não tinham intenção de desautorizar o que veio da Câmara”. E por isso mesmo, os principais problemas permanecem no texto.

“As melhorias prometidas pelo relator foram insuficientes e não atingiram o principal do texto. Em geral, os mesmos erros graves cometidos pelos deputados foram mantidos, como a anistia, a impunidade a quem desmatou ilegalmente, e a redução de proteção às florestas. O relatório fez a alegria da bancada ruralista, mas com certeza eles ainda vão querer mais”, disse Marcio Astrini, da Campanha Amazônia do Greenpeace.

O texto apresentado hoje deixa claro que foi feito um grande acordo em torno da proposta ruralista, patrocinado pelo governo e no qual as florestas só têm a perder. A proposta do novo Código Florestal continua agradando apenas aos grandes proprietários de terra, que desmataram ilegalmente e querem desmatar ainda mais.

Os benefícios a quem desmatou ilegalmente vão de abatimentos, no Imposto de Renda, dos gastos com adequação à lei, até a permissão de que desmatadores se legalizem com plantação de 50% de espécies exóticas na Reserva Legal, num prazo de 20 anos. E isso ainda poderá contar como crédito de carbono.

O relatório também permite que compensações de Reserva Legal sejam feitas no mesmo bioma até fora dos estados, e mantém disposições de anistia que colocam num mesmo bolo quem desrespeitou e quem cumpriu a lei.

“O texto continua muito ruim e pelo q vimos hoje, daqui para frente, se algo mudar no senado, deve ser para pior. A presidente Dilma continua sem se pronunciar, acatando o progresso do texto e deixando que o trator ruralista siga sua rota de destruição. Na próxima fase, ela terá que manter sua palavra de veto, ou irá fechar com os ruralistas e quebrar suas promessas de campanha”, concluiu Astrini.

A proposta segue para votação na CMA na próxima quarta-feira e, em seguida, vai ao plenário do Senado. Com as mudanças no texto que veio dos deputados, o Projeto de Lei segue para uma nova votação na Câmara. Por último, vai à sanção da presidente Dilma Rousseff, que prometeu vetar uma lei que provocasse novos desmatamentos. Será?

Fonte: Greenpeace

domingo, 20 de novembro de 2011

Pensamentos...

"Somos o que somos e estamos onde estamos por causa de nossos hábitos, eles são o único meio de crescimento e evolução de acordo com a nossa posição na ordem geral do Universo".

Desconheço o autor, mas achei muito interessante o pensamento acima.

Costumo dizer que "Nada acontece por acaso, e tudo o que tem de acontecer é para nosso crescimento, para nosso bem!"

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

15 de NOVEMBRO

Hoje de manhã liguei a TV e fiquei pasmo com o que vi no programa da Ana Maria Braga.
Em determinado ponto do programa estavam fazendo entrevistas na rua e perguntando às pessoas o que significava o feriado de 15 de Novembro. Dos entrevistados NINGUÉM soube responder. Tinham dois rapazes e a reporter fez a pergunta clássica: voce sabe porque o feriado de hoje? Não souberam rsponder. Um deles até se virou para o outro e disse: "Voce que é advogado sabe?" E nem este sabia. Depois o foco se voltou para uma escola de Ensino Fundamental e o resultado foi surpreendente: todas as crianças sabiam o porquê do 15 de Novembro.
O que está acontecendo? As pessoas crescem, estudam e depois esquecem datas importantes de seu próprio País? Onde ficam os demais valores? Mas eu acho que tenho a solução: se é tão difícil responder o porquê de uma data comemorativa, porque é que não colocam estas datas como questões de vestibular? Aposto que nunca mais se esquecerão do que aprenderam quando ainda eram menores. Isto porque ao consultar os gabaritos das respostas a maioria dos alunos não esquece mais aquelas perguntas que errou: "mais é claro!"; "puxa como fui errar esta pergunta!"; "é óbvio!"e tantas outras expressões...
Fica aí a minha proposta!

sábado, 12 de novembro de 2011

FLORESTAS E FUTEBOL

A questão da aprovação do novo código florestal está sendo discutida em todos os segmentos da sociedade. Não são poucas as manifestações contrárias a este novo código que diminui drasticamente a mata ciliar para dar lugar a maiores pastos ou plantações que receberão agrotóxicos. Um assunto que irá repercutir muito no futuro se não for levado a sério neste momento. Digo repercutir porque as gerações futuras irão culpar as nossas por não ter impedido este desmonte da natureza.
A presidente Dilma parece mais preocupada em inaugurar obras de infraestrutura e apressar aquelas que estão em atraso por conta da Copa do Mundo, do que cumprir o que disse há pouco mais de um ano atrás em um comício em Belo Horizonte no dia 23 de outubro de 2010: "O Brasil pode expandir sua produção agrícola sem desmatar".
Não que eu seja contra a Copa ou futebol, mas acho mais importante cuidar daquilo que proporcionará mais saúde a nós e às gerações que virão, do que poucos dias de festa futebolística.
Estou de pleno acordo que é importante ter obras acontecendo no Brasil porque isso gera emprego e renda. As obras de infraestrutura que estão sendo executadas ficarão à disposição da população por muito tempo, e além de gerarem emprego e renda alavancarão o País para um futuro mais moderno. Porém, não podemos deixar de lado as coisas importantes para a VIDA: a Natureza.
Estamos perto da Conferência Rio+20. O Brasil vai sediar novamente esta importante Conferência sobre Meio Ambiente, mas o que dirão os conferencistas? Que o Brasil diz isso e aquilo mas não faz o dever de casa que é cuidar de suas florestas.
O monitoramente realizado pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) indica que o desmatamento em 2011 poderá chegar a até 15% em relação ao ano passado.
Este não é o legado que eu quero deixar para os futuros habitantes deste País.
Eu fiz a minha parte: assinei listas, abaixo-assinados, petiçoes e tudo o quanto pude contra este famigerado novo código florestal. Se todos os brasileiros de bom senso o fizerem também teremos feito a nossa parte, ou teremos de amargar os resultados que virão.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

PETIÇÃO PÚBLICA

Favor assinar a Petição Pública solicitada ao Ministério Público, a respeito da instalação de empresas em Pontal do Paraná (Pontal do Sul).
clicar no link:

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Cientistas afirmam que não existe dilema entre conservar o meio ambiente e produzir alimentos

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPB) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) divulgaram nesta terça-feira (11) um documento com propostas e considerações sobre as alterações no Código Florestal Brasileiro. As instituições concordam que seja necessário modificar a legislação ambiental, mas defendem que as alterações devam ser feitas “à luz da ciência e tecnologia hoje disponível”.
O documento ressalta os pontos que o Senado deve atentar no projeto para, segundo afirmam, “corrigir os equívocos verificados na votação da matéria na Câmara dos Deputados”.
Um dos pontos é o suposto dilema entre a produção de alimentos e a conservação do meio ambiente, defendido por ruralistas. As duas instituições científicas afirmam que esse é um falso dilema e que o Brasil tem vocação agrícola e deve continuar aumentando a produção interna e para exportação, mas precisa fazer isso de forma ambientalmente sustentável.
“O Brasil já dispõe de área agrícola suficiente para isso, desde que devidamente tecnificada, e ainda dispõe de área natural suficiente para a conservação/preservação de nosso patrimônio biológico”, afirmam.
Segundo o estudo “a grande limitação para a expansão da agricultura brasileira é a falta de adequação de sua política agrícola, com tecnificação dos pequenos produtores, políticas de preços agrícolas, incluindo insumos, política de estoques reguladores, infraestrutura de escoamento e armazenamento dos produtos agrícolas etc., e não as restrições ambientais colocadas pelo Código Florestal brasileiro”.
APPs
Outro ponto polêmico no projeto de lei que altera o Código Florestal são as Áreas de Proteção Permanente (APP). A ABC e SPBC defendem que “todas as APPs de beira de curso d’água devam ter sua vegetação preservada e naquelas em que essa vegetação foi degradada elas devem ser integralmente restauradas”.
O documento critica a proposta que considera que as APPs desmatadas até a data de 22 de julho de 2008, para uso alternativo do solo, sejam definidas como atividades consolidadas. “A maioria dessas APPs foi desmatada em desacordo com a legislação ambiental vigente na época: não há justificativa plausível para adotar a data da publicação da versão mais recente do regulamento da Lei de Crimes Ambientais”, afirma.
Além disso, a definição dos limites das APPs nas áreas úmidas deve ser calculada a partir do nível mais alto da cheia conforme definição da Convenção de Ramsar (Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional).
O documento também não recomenda a inclusão das APPs no cômputo das Reservas Legais, já que “APPs e Rls apresentam estruturas e funções distintas e comunidades biológicas complementares”
Fonte : www.amazônia.org

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Cientistas sobem o tom contra novo Código Florestal

Sexta-feira diversos artistas (Gisele Bünchen, Felipe Camargo e outros) vão estar falando diretamente com os senadores para votarem contra o novo código florestal. Faça voce também a diferença. Acesse a página do florestafaz a diferença e assine a petição. http://www.florestafazadiferenca.org.br/home/

Cientistas sobem o tom contra novo Código Florestal

É a manifestação mais dura das principais sociedades científicas

17/10/2011
Em sua manifestação mais dura sobre a reforma do Código Florestal, as principais sociedades científicas brasileiras adjetivam partes do texto em análise como "injustificado" e "inconstitucional".
A SBPC e a ABC entregaram na semana passada a senadores propostas para embasar as mudanças na lei. Para elas, a ciência não foi levada em conta no relatório do deputado Aldo Rebelo , aprovado em maio no plenário da Câmara.
Entre as 18 assinaturas do documento há pesos-pesados como a antropóloga Manuela Carneiro da Cunha, Carlos Nobre, secretário de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e Tatiana Sá, ex-diretora-executiva da Embrapa. Para eles, o maior entrave à expansão da agricultura não é a legislação ambiental, mas "a falta de adequação" da política agrícola do país.
Para os cientistas, um aumento marginal na produtividade pecuária -com medidas simples, como erguer cercas e fazer o manejo de pastos- liberaria 60 milhões de hectares para a agricultura. "Continua no Senado essa falácia de que não há espaço para preservar e produzir alimentos", disse Luiz Martinelli, da USP de Piracicaba. "Como é que eu vou dizer para a Europa não subsidiar sua agricultura quando a gente queima tudo sem nenhuma eficiência? É um tiro no pé."

As entidades também pedem que as APPs , como margens de rios, sejam restauradas na íntegra, posição mais "ambientalista" que a do governo, que aceitou flexibilizar sua recomposição. Os cientistas exigem, ainda, que o Senado elimine do texto a menção à "área rural consolidada", que permite regularizar atividades agropecuárias em APPs desmatadas até 22 de julho de 2008. Segundo eles, a Constituição diz que "não há direito adquirido na área ambiental".

"Nosso livro anterior dava dados, mas não fazia afirmações tão contundentes", disse Carneiro da Cunha, aludindo a documento divulgado no semestre passado.
Expoente da antropologia, Carneiro da Cunha afirma que os senadores precisarão tratar um tema espinhoso sem acordo: a isenção de reserva legal para propriedades de até quatro módulos fiscais .
"Quatro módulos não é o mesmo que agricultura familiar. É uma pegadinha." Ela diz esperar que o senador Luiz Henrique da Silveira , relator do código em três comissões, seja "persuadido por argumentos convincentes".

Fonte: (site do florestafazadiferenca)

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Governo promete aumentar coleta seletiva no verão

O governo estadual promete intensificar a coleta seletiva de lixo durante a Operação Verão. Deve dobrar o número de caminhões baú para para evitar que produtos recicláveis acabem indo para os aterros sanitários.

O governo estadual lança nos próximos dias o edital para contratar as empresas que farão a coleta no litoral durante os 88 dias da Operação Verão, pelo valor máximo de R$ 10 milhões, incluindo roçadas e  varrição de ruas.

O secretário de Estado do Meio Ambiente, Jonel Iurk, que é um dos coordenadores da Operação Verão, disse que será feita uma campanha de conscientização durante a temporada no Litoral, para que a população separe os resíduos e seja dada a destinação correta ao material reciclável.

Por meio de uma parceria com o Provopar Estadual e os municípios litorâneos, serão desenvolvidas diversas ações para aumentar a separação e a coleta de materiais recicláveis, informa o governo.  “Além de atuar na capacitação de catadores de material reciclável em parceria com o Provopar, vamos desenvolver ações educativas e uma campanha para envolver os condomínios e as colônias de férias no projeto”, disse a diretora de resíduos sólidos do AguasParaná, a engenheira Carla Mittelstaedt.

Em pronunciamento na Câmara de Vereadores de Guaratuba, no dia 3, o diretor-executivo do Instituto das Águas do Paraná (Águas Paraná), Everton Luiz da Costa Souza, admitiu que a orientação dada às empresas que fazem a coleta de lixo na temporada tem sido de recolher tudo o que encontram nas lixeiras para evitar acúmulo de lixo. Desta forma, os caminhões basculantes acabam levando o lixo reciclável para o aterro sanitário.

Governo assume lixo no dia 15 de dezembro

A licitação do lixo na Operação Verão inclui o serviço de coleta, transporte e destinação final de lixo, varrição de ruas e, limpeza de praias, bem como. Tanto a licitação quanto a supervisão e fiscalização dos serviços está a cargo do AguasParaná.

Os trabalhos atendem principalmente os municípios de Guaratuba, Matinhos e Pontal do Paraná, que recebem a maioria dos veranistas no período, mas abrange também Antonina, Morretes, Guaraqueçaba e Paranaguá. A operação irá envolver cerca de 650 pessoas, 31 caminhões compactadores, para a coleta convencional, e sete do tipo baú, para recicláveis.

Apenas em Guaratuba, serão empregados nove caminhões compactadores, três caminhões baú – dois contratados pelo Estado e um da prefeitura – e cerca de 200 pessoas.

Os serviços de limpeza pública serão iniciados em 1º de dezembro, com roçada, limpeza e varrição de vias públicas, retirada de resíduos vegetais e entulhos. A coleta de resíduos domiciliares e recicláveis será iniciada em 15 de dezembro e segue até 26 de fevereiro de 2012, após o Carnaval.

De acordo com o governo, será dada atenção especial à Ilha do Mel (Paranaguá) e às ilhas Rasa, das Peças e Superagui (Guaraqueçaba), com ações de apoio para limpeza de praias e varrição de trilhas.

Fonte: Correio do Litoral

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A coleta seletiva fora da temporada ainda está muito distante da expectativa de uma coleta que possa atender todo o município. A demanda é maior do que a Prefeitura de Pontal pode oferecer com o uso dos atuais dois caminhões baús.

Veleiro "Warrior Rainbow" do Greenpeace

Citação de povo indígena Creew: "Um dia a terra vai adoecer. Os pássaros cairão do céu, os mares vão escurecer e os peixes aparecerão mortos nas correntezas dos rios. Quando esse dia chegar, os índios perderão o seu espírito. Mas vão recuperá-lo para ensinar ao homem branco a reverência pela sagrada terra. Aí, então, todas as raças vão se unir sob o símbolo do arco-íris para terminar com a destruição."

Projetado totalmente à medida para o Greenpeace, o Rainbow Warrior III leva o selo de sustentabilidade. Em lugar dos combustíveis fósseis, seu principal motor será a força dos ventos. Sua operação por motores só será acionada em caso de condições adversas. Mesmo assim, seu casco foi desenhado para reduzir ao máximo o uso de combustíveis. O calor dos geradores será reutilizado no aquecimento da água a bordo, em cabines e banheiros, e para o pré-aquecimento das máquinas.

Tudo isso foi possível graças ao apoio de colaboradores de todo o mundo. Mais de 100 mil pessoas fizeram doações, patrocinando a compra de peças e outros equipamentos por meio da internet até que a construção do navio fosse finalizada.
 

Vejam o mais novo guerreiro do arco-iris!
http://youtu.be/hhuSpD81FOQ

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

BICICLETAS EM ANTONINA

Terça feira dia 11 publiquei um artigo sobre o problema de automóveis nas cidades. Cliquem no link abaixo da página de meu amigo Alfredo sobre convivência de bicicletas com o trânsito em Antonina. VALE A PENA LER!!!
http://aguasdepontal.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=199:antonina-bicicletas-dominam-a-paisagem&catid=36:variedades&Itemid=62

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O automóvel na destruição do planeta

JOÃO LUÍS HOMEM DE CARVALHO
Professor Doutor do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da UnB
Publicado em 11/10/2011 no Correio Braziliense (pg.16)
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A presença do automóvel está tão arraigada no nosso cotidiano, em nosso modelo de sociedade, que os que ousam questionar seu impacto nocivo sobre o planeta são prontamente acusados de viverem fora da realidade, de serem contrários ao progresso ou, como costumam dizer os que mais lucram com essa mercadoria, de se constituírem em “inimigos perigosos das liberdades individuais”. 
Campanhas publicitárias, apoiadas em linhas de crédito, na manipulação de apelos emocionais e no uso do princípio da obsolescência perceptiva condicionam a população, há décadas, a ver na aquisição do carro a senha de ingresso ao ter para ser. 
O que a publicidade não nos mostra é que esse culto irracional ao transporte individual há muito está contribuindo para a destruição do planeta: pela emissão de grande quantidade de CO² (gás carbônico), pelo desperdício de recursos naturais, por ceifar a vida de milhões de pessoas e por subtrair imensa área de terra produtiva em função da exorbitante quantidade de automóveis.
Há no mundo aproximadamente 1,3 bilhão de automóveis. São produzidos 70 milhões por ano, 192 mil por dia e 133 por minuto. Só no Brasil, em um só dia de agosto passado, foram fabricados 21 mil carros.
O crescimento progressivo da produção automobilística tem grande impacto sobre o aumento das emissões de CO². Em escala mundial, os carros emitem aproximadamente 2 bilhões de toneladas/ano na atmosfera. Essas emissões saltarão para 5 a 7 bilhões de toneladas se os países emergentes atingirem as taxas proporcionais dos países ocidentais — 500 a 800 carros por mil habitantes.
Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o CO² é um dos grandes responsáveis pelas mudanças climáticas. Até 2100, em função dessas alterações, o aumento previsto da temperatura da Terra será entre 1,8ºC e 4ºC e as populações estarão mais vulneráveis a doenças e desnutrição. O nível dos oceanos irá se elevar entre 18 cm e 58 cm até 2100. Com isso, será engrossado o fluxo dos chamados “refugiados ambientais” e mais de um bilhão de pessoas ficará sem água potável. 
Além desses números sobre os efeitos maléficos das emissões de CO² na atmosfera, existem outros igualmente alarmantes em relação às pessoas e ao meio ambiente. A Organização Mundial de Saúde (OMS) revela que acidentes automobilísticos matam 1,3 milhão de pessoas e 20 a 50 milhões são feridas por ano, o que representa uma média de 3.600 mortos e 55 mil a 137 mil feridos por dia. O mesmo número de mortes, segundo especialistas, é causado pela poluição associada à circulação dos automóveis.
O Departamento de Estado norte-americano mostra que o número total de mortos ligados ao terrorismo no planeta foi, em média, de 1.700, de 2001 a 2004, o que “justificou” o lançamento da “guerra ao terrorismo”. Por 3.600 mortes por dia causadas por acidentes automobilísticos, nada se faz. Depois da Segunda Guerra Mundial, nenhuma guerra, nenhum ato de terrorismo, nenhuma catástrofe ecológica atingiu o nível do desastre humano provocado pelo automóvel no mundo.
Há quem diga que o carro nos leva aos lugares que queremos de maneira rápida. Circulando com uma média de 1,2 pessoa por veículo, nas grandes cidades do mundo a velocidade de deslocamento do automóvel a uma distância de 5 km é menor que a de uma bicicleta, que é de 16 km/h. E, acima dessa distância, o automóvel não supera os 25km/h.
Os espaços reservados para circulação dos automóveis são enormes e construídos a um pesado custo financeiro. Considerando as estradas e áreas de estacionamentos nos Estados Unidos, essa superfície equivale a 60% da do estado de São Paulo. A metade das cidades americanas está ocupada por estradas, garagens e estacionamentos, e o espaço para os carros é maior que para as moradias. O custo dos engarrafamentos nos Estados Unidos, em 85 zonas urbanas, foi de US$ 63 bilhões. O combustível desperdiçado em 2003 atingiu 8,7 bilhões de litros.
Todos esses dados evidenciam a irracionalidade humana ao incentivar, cada vez mais, a utilização massiva do automóvel individual em detrimento da de um transporte coletivo de qualidade e da preservação da vida no planeta.
É urgente nos conscientizarmos de que a produção desse tipo de transporte tem que decrescer. Não devemos permitir que o automóvel contribua ainda mais com a destruição de nosso planeta. Será, no mínimo, grave insensatez.

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TROQUE SEU CARRO POR UMA BICICLETA!

domingo, 9 de outubro de 2011

Mitos sobre a negação do aquecimento global desmentidos pela ciência

O site científico americano Skeptical Science elaborou uma lista de mitos utilizados por céticos que tentam negar o aquecimento global. A lista traz o mito e o que a ciência diz sobre ele, em 140 caracteres.
Cada uma dessas respostas está fundamentada com um link a uma explicação científica, como o leitor poderá ver no original aqui, ou traduzido para o português aqui.
Segue abaixo a lista dos argumentos.
Argumento cético   X   O que a ciência diz
1. “O clima já mudou antes” – O clima reage a tudo que o força a mudar naquele momento; os humanos são agora a força dominante.
2. “É o Sol” – Nos últimos 35 anos de aquecimento global, o Sol e o clima têm caminhado em direções opostas.
3. “Não é ruim” – Os impactos negativos sobre a agricultura, a saúde e o meio ambiente ultrapassam de longe os positivos.
4. “Está esfriando” – A última década, 2000-2009, foi a mais quente já registrada.
5. “Não há consenso” – 97% dos especialistas do clima concordam que os humanos estão causando o aquecimento global.
6. “Os modelos não são confiáveis” – Os modelos reproduzem com sucesso as temperaturas globais desde 1900, em terra, no ar e no oceano.
7. “Os registros de temperatura não são confiáveis” – A tendência de aquecimento é a mesma nas áreas rurais e urbanas, medida por termômetros e satélites.
8. “Os animais e as plantas conseguem se adaptar” – O aquecimento global causará a extinção em massa das espécies que não conseguirem se adaptar num curto intervalo de tempo.
9. “O clima não esquentou desde 1998” – Pelos registros globais, 2010 foi o ano mais quente já registrado, empatando com 2005.
10. “O gelo da Antártica está aumentando” – As medições por satélites mostram que a Antártica está perdendo gelo terrestre em velocidade crescente.
11. “Nos anos 1970, se previu uma Idade do Gelo” – A grande maioria dos artigos publicados por climatologistas nos anos 1970 previa um aquecimento.
12. “Há defasagem cronológica entre o aumento de CO2 e o aumento da temperatura” (i.e.: as mudanças no CO2 se seguem às mudanças na temperatura, e com uma defasagem de 600 a mil anos) – Nos intervalos entre as Idades do Gelo do passado, o CO2 não iniciou o aquecimento, mas o amplificou
13. “Estamos caminhando para uma Idade do Gelo” – A preocupação deve ser com os impactos do aquecimento global nos próximos cem anos, e não com uma Idade do Gelo daqui a dez mil anos.
14. “A acidificação dos oceanos não é um problema sério” – A história passada mostra que, quando o CO2 subiu rapidamente, houve extinção em massa de recifes de corais.
15. “Os gráficos em forma de taco de hockey estão desacreditados” – Os estudos recentes concordam que as recentes temperaturas globais não têm precedentes nos últimos mil anos.
16. “Os furacões não estão ligados ao aquecimento global” – Há evidência crescente de que os furacões estão ficando mais fortes devido ao aquecimento global.
17. “As geleiras estão crescendo” – A maioria das geleiras está diminuindo, criando um sério problema para milhões de pessoas que dependem delas para obter água.
18. “A sensibilidade climática é baixa” – A quantidade líquida de retroalimentação positiva é confirmada por muitas linhas diferentes de evidências.
19. “Al Gore errou” – O livro de Al Gore é bastante preciso, muito mais preciso que os argumentos dos que negam o aquecimento.
20. “São os raios cósmicos” – Os raios cósmicos não mostram uma tendência nos últimos 30 anos e tiveram pouco impacto sobre o aquecimento global recente.
21. “1934: o ano mais quente já registrado” – 1934 foi um dos anos mais quentes nos Estados Unidos, mas não globalmente.
22. “Climategate: Os emails do Climatic Research Unit (Unidade de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia) sugerem que há uma conspiração” – Investigações independentes mostraram que não houve má conduta dos cientistas nesse incidente dos emails explorado pela mídia.
23. “Está um frio de rachar” – Um dia frio em uma localidade particular não tem nenhuma relação com a tendência de longo prazo de aumento global na temperatura.
24. “Eventos climáticos extremos não são causados pelo aquecimento global” – Eventos climáticos extremos estão se tornando mais frequentes e fortes por causa do aquecimento global.
25. “A elevação do nível do mar está sendo exagerada” – Vários métodos diferentes de medição mostraram que houve uma elevação regular do nível dos oceanos no século passado.
26. “É efeito das ilhas urbanas de calor” – As regiões urbanas e rurais mostram a mesma tendência de aquecimento.
27. “Marte está esquentando” – Marte não está esquentando globalmente.
28. “O derretimento do gelo do Ártico é um ciclo natural” – O espesso gelo marinho do Ártico está sofrendo uma rápida diminuição.
29. “O efeito do aumento do CO2 é pequeno ou nulo” – O forte efeito do CO2 tem sido observado em diferentes medições.
30. “O Período Medieval Quente era mais quente” – A temperatura global média atual é mais alta que a temperatura global na época medieval.
31. “É um ciclo de 1.500 anos” – Os ciclos naturais antigos são irrelevantes para a atribuição da causa do aquecimento global recente aos humanos.
32. “Os oceanos estão esfriando” – As medições mais recentes nos oceanos mostram um firme aquecimento.
33. “O CO2 produzido pelos humanos é uma minúscula fração das emissões de CO2” – O ciclo natural adiciona e remove CO2 para manter um equilíbrio; os humanos adicionam CO2 extra sem remover nenhum.
34. “O vapor d’água é o mais poderoso dentre os gases de efeito estufa” – O aumento do CO2 aumenta a quantidade de vapor d’água na atmosfera, o que torna o aquecimento global muito pior.
35. “O IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) é alarmista” – O IPCC resume a pesquisa recente dos mais importantes cientistas.
36. “A Groenlândia era verde” – Outras partes da terra esfriaram quando a Groenlândia esquentou.
37. “O gelo da Groenlândia está aumentando” – A Groenlândia como um todo está perdendo gelo, o que é confirmado pelas medições por satélite.
38. “O número de ursos polares está aumentando” – Os ursos polares estão em perigo de extinção, assim como muitas outras espécies.
39. “Não está acontecendo” – Há muitas linhas de evidência que indicam que o aquecimento global é inequívoco.
40. “Outros planetas estão esquentando” – Marte e Júpiter não estão esquentando, e, de todo modo, o Sol nos últimos tempos tem esfriado levemente.
41. “Não há evidências empíricas” – Há diversas linhas de observação direta de que os humanos estão causando o aquecimento global.
42. “A limitação das emissões de CO2 vai prejudicar a economia” – Os benefícios da taxação do dióxido de carbono ultrapassam em muito os custos.
43. “O gelo marinho do Ártico já se recuperou” – O gelo marinho espesso do Ártico está encolhendo rapidamente.
44. “Estamos saindo da Pequena Idade do Gelo” – Os cientistas concluíram que os fatores que causaram o resfriamento na Pequena Idade do Gelo não estão causando o atual aquecimento global.
45. “O CO2 não é um poluente” – Por seus impactos no clima, o CO2 representa um perigo para a saúde e o bem-estar públicos, e por isso satisfaz à denominação de poluente do ar.
46. “Houve um resfriamento em meados do Século 20” – O resfriamento em meados do Século 20 foi devido aos aerossóis e é irrelevante para o recente aquecimento global.
47. “Não há correlação entre CO2 e temperatura” – Há uma correlação de longo prazo entre o CO2 e a temperatura global; outros efeitos são de curto prazo.
48. “O CO2 é alimento para as plantas” – Os efeitos de um aumento do CO2 sobre as plantas terrestres são variados e complexos, dependendo de inúmeros fatores.
49. “Já esquentou antes de 1940, quando a taxa de CO2 era baixa” – O aquecimento no início do Século 20 se deveu a causas diversas, inclusive o aumento de CO2.
50. “Os satélites não mostram aquecimento na troposfera” – Os dados de satélite mais recentes mostram que a Terra como um todo está esquentando.
51. “A quantidade de CO2 era maior no passado” – No passado, quando a quantidade de CO2 era maior, o Sol era mais frio.
52. “São os aerossóis” – Os aerossóis têm mascarado o aquecimento global, que de outro modo estaria pior.
53. “É o El Niño” – O El Niño não apresenta uma tendência, e por isso não é responsável pela tendência do aquecimento global.
54. “A perda de gelo do Monte Kilimanjaro se deve ao uso da terra” – A maior parte das geleiras do mundo estão encolhendo rapidamente, embora haja alguns casos complexos.
55. “Não há ponto quente (hot spot) na troposfera” – Vemos claramente a existência de um “ponto quente de curto prazo”, e há várias evidências de um “ponto quente de longo prazo”.
56. “O inverno de 2009-2010 teve ondas de frio recordes” – Um dia frio de inverno em Chicago não tem nada a ver com a tendência de aquecimento global.
57. “É a Oscilação Decenal do Pacífico” – A ODP não mostra uma tendência, e, portanto não é responsável pela tendência de aquecimento global.
58. “Os cientistas não conseguem nem prever o tempo” – Tempo e clima são coisas diferentes. Previsões climáticas não necessitam dos detalhes do tempo.
59. “É um ciclo natural” – Nenhum forçamento natural conhecido é capaz de explicar os níveis de aquecimento observados, exceto os gases de efeito estufa antropogênicos.
60. “A segunda lei da termodinâmica contradiz a teoria do efeito estufa” – A segunda lei da termodinâmica é coerente com o efeito estufa que é diretamente observado.
61. “O IPCC estava errado sobre as geleiras do Himalaia” – As geleiras estão encolhendo rapidamente no mundo todo, apesar de um erro em um parágrafo do relatório de mil páginas do IPCC.
62. “Limitar as emissões de CO2 será prejudicial para os pobres” – Aqueles que menos contribuem para as emissões de gases de efeito estufa serão os que sofrerão os maiores impactos das mudanças climáticas.
63. “São os oceanos” – Os oceanos estão esquentando e, mais ainda, estão se tornando mais ácidos, o que ameaça a cadeia alimentar.
64. “O IPCC estava errado sobre a Floresta Amazônica” – As afirmações do IPCC sobre a Floresta Amazônica estão corretas, e foram incorretamente reproduzidas por alguns meios de comunicação
65. “Não somos nós” – Diversos conjuntos de observações independentes mostram uma influência humana nas mudanças climáticas.
66. “O manto de gelo da Groenlândia não vai derreter” – Quando a Groenlândia era de 3ºC a 5ºC mais quente que hoje, uma grande parte do Manto de Gelo derreteu.
67. “As previsões de elevação do nível do mar são exageradas” – A elevação do nível do mar está agora aumentando mais rápido que o previsto porque o gelo está derretendo mais rápido que o esperado.
68. “O efeito estufa do CO2 está saturado” – Medições diretas constatam que o CO2 continua armazenando mais calor, o que mostra que o efeito estufa do CO2 não está saturado.
69. “Os corais são resistentes ao branqueamento” – Aproximadamente 1% dos corais estão morrendo a cada ano no mundo todo.
70. “As nuvens atuam como uma retroalimentação negativa” – Acumula-se evidências de que a retroalimentação das nuvens é provavelmente positiva e é improvável que seja fortemente negativa.
71. “Os vulcões emitem mais CO2 que os humanos” – Os humanos emitem cem vezes mais CO2 que os vulcões.
72. “O efeito estufa já foi refutado” – O efeito estufa é física básica, e é confirmado pelas observações.
73. “É o metano” – O metano tem um papel menor no aquecimento global, mas pode piorar muito se o permafrost (solo e subsolo permanentemente congelados) começar a degelar.
74. “O CO2 tem uma permanência curta na atmosfera” – O excesso de CO2 das emissões humanas tem uma permanência longa, de mais de cem anos.
75. “A umidade está baixando” – Diversas linhas independentes de evidência indicam que a umidade está subindo e que causa uma retroalimentação positiva.
76. “Netuno está esquentando” – E o Sol está esfriando.
77. “As primaveras não estão se antecipando” – Centenas de espécies de flores no Reino Unido estão florescendo mais cedo do que há 250 anos.
78. “Júpiter está esquentando” – Júpiter não está esquentando, e de todo modo o Sol está esfriando.
79. “É o uso da terra” – O uso da terra tem um papel menor nas mudanças climáticas, embora o sequestro de carbono possa ajudar a mitigá-las.
80. “A ciência não está estabelecida” – O conhecimento de que o CO2 antropogênico está causando o aquecimento global possui um alto nível de certeza e é confirmado pelas observações.
81. “As medições de CO2 são suspeitas” – Os níveis de CO2 são medidos por centenas de estações espalhadas pelo mundo, e todas relatam a mesma tendência.
82. “O aquecimento global parou em 1998, 1995, 2002, 2007, 2010???” – A temperatura global ainda está subindo, e 2010 foi o ano mais quente já registrado.
83. “500 cientistas refutam o consenso” – Aproximadamente 97% dos especialistas em climatologia concordam que os humanos estão causando o aquecimento global.
84. “O CO2 não está aumentando” – O CO2 está aumentando rapidamente, e está alcançando níveis que há milhões de anos não são vistos na terra.
85. “O recorde na precipitação de neve desmente o aquecimento global” – O aquecimento leva a um aumento na evaporação e na precipitação, o que significa mais neve no inverno.
86. “O CO2 está vindo dos oceanos” – Os oceanos estão aborvendo enormes quantidades de CO2, e como resultado disso estão se tornando mais ácidos.
87. “Os cientistas tentaram ‘esconder o declínio’ na temperatura global” – O ‘declínio’ se refere à diminuição na largura dos “anéis das árvores” do Hemisfério Norte, não à temperatura global, e foi abertamente discutido em artigos e relatórios do IPCC.
88. “Plutão está esquentando” – E o Sol vem esfriando nos últimos tempos.
89. “O comprimento dos ciclos solares prova que é o Sol” – O Sol não esquenta desde 1970, e por isso não pode estar causando o aquecimento global.
90. “O Ártico era mais quente em 1940” – Os dados reais mostram que as altas latitudes no Hemisfério Norte estão mais quentes hoje que em 1940.
91. “O gelo marinho antártico está aumentando” – O gelo marinho da Antártica aumentou nas últimas décadas apesar de um concomitante aquecimento no Oceano Antártico.
92. “O IPCC está superestimando o aumento de temperatura” – Lord Monckton (um dos principais céticos que tem contestado o aquecimento em palestras pelo mundo) usou a equação do IPCC de maneira inapropriada.
93. “O CO2 não é a única causa do clima” – A teoria, os modelos e as medições diretas confirmam que o CO2 é atualmente a principal causa das mudanças climáticas.
94. “É influência dos microsítios” – A influência dos microsítios sobre as mudanças de temperatura são mínimas; sítios bons e ruins mostram a mesma tendência.
95. “É o albedo” – A alteração no albedo do Ártico, devida ao encolhimento do gelo, está aumentando o aquecimento global.
96. “A largura dos anéis das árvores divergem das temperaturas após 1960” – Este é um detalhe complexo, local e irrelevante para a tendência de aquecimento global observada.
97. “É a fuligem” – A fuligem fica na atmosfera durante dias ou semanas; o dióxido de carbono causa um aquecimento que dura séculos.
98. “Os humanos são insignificantes demais para afetar o clima global” – Os humanos são pequenos, mas poderosos, e as emissões humanas de CO2 estão causando um aquecimento global.
99. “Limitar as emissões de CO2 fará pouca diferença” – Se todos os países concordarem em limitar as emissões de CO2, poderemos conseguir cortes significativos em escala global.
100. “As estações desconsideradas introduziram um desvio de aquecimento” – Se os dados das estações desconsideradas tivessem sido mantidos, as temperaturas na verdade seriam levemente mais altas.
101. “Lindzen e Choi encontraram uma baixa sensibilidade climática” – Outros climatologistas consideram que o artigo de Lindzen e Choi contém erros inaceitáveis.
102. “Energia renovável é cara demais” – Se contarmos todos os custos associados com a queima de carvão e outros combustíveis fósseis, como poluição do ar e efeitos sobre a saúde, na verdade eles são bem mais caros que a maioria das fontes de energia renováveis.
103. “É o aumento da intensidade global da luz” – Esse é um efeito complexo dos aerossóis, e seu significado para a temperatura não está claro.
104. “Phil Jones diz que não há aquecimento global desde 1995” – Não foi isso o que Phil Jones disse.
105. “A previsão que Hansen fez em 1988 estava errada” – Jim Hansen fez previsões para vários cenários possíveis; suas previsões para o cenário de nível médio B estavam corretas.
106. “Mudaram o nome de aquecimento global para mudanças climáticas” – “Aquecimento global” e “mudanças climáticas” significam coisas diferentes e ambas as expressões têm sido usadas há décadas.
107. “É a alternância de regimes climáticos” – Não há evidências de que o clima tenha “regimes” caóticos de longo prazo.
108. “O processo de revisão interpares era desonesto” – Uma sindicância independente concluiu que as ações da CRU (Unidade de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia) foram normais e não ameaçavam a integridade da revisão interpares.
109. “Menos da metade dos cientistas com publicações endossam o aquecimento global” – Aproximadamente 97% dos especialistas do clima concordam que os humanos estão causando o aquecimento global.
110. “A perda do gelo marinho no Ártico é equivalente ao ganho de gelo marinho na Antártica” – A perda de gelo marinho no Ártico é três vezes maior que o ganho de gelo marinho na Antártica.
111. “Não é urgente” – Um alto grau de aquecimento está latente, e se não agirmos agora, podemos ultrapassar os pontos críticos.
112. “Os ciclos solares causam o aquecimento global” – Durante as últimas décadas, o Sol tem esfriado levemente, e é irrelevante para o recente aquecimento global.
113. “O gelo não está derretendo” – O gelo marinho do Ártico já perdeu uma área equivalente à Austrália oriental, e o gelo marinho de verão ou plurianual pode desaparecer em menos de uma década.
114. “A Terra não esquentou tanto quanto se esperava” – Esse argumento ignora o efeito de resfriamento dos aerossóis e a inércia térmica do planeta.
115. “A elevação do nível do mar está desacelerando” – Os dados globais mostram que a elevação do nível do mar tem aumentado desde 1880, e as previsões da elevação futura baseiam-se na física, não na estatística.
116. “Pedidos baseados na lei de Liberdade de Informação (FOI) foram ignorados” – Uma investigação independente revelou que a CRU é um centro de pesquisas pequeno, com recursos limitados, e não há dúvidas sobre seu rigor e honestidade.
117. “Mais de 31 mil cientistas assinaram a petição organizada pelo OISM (Oregon Institute of Science and Medicine)” – A petição do OISM só foi assinada por alguns poucos cientistas.
118. “É difícil demais” – Estudos científicos determinaram que a tecnologia atual é suficiente para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em grau suficiente para evitar mudanças climáticas perigosas.
119. “É o ozônio” – O ozônio tem um efeito pequeno.
120. “O IPCC ‘sumiu’ com o Período Quente Medieval” – O IPCC simplesmente atualizou seus gráficos de histórico da temperatura para mostrar os melhores dados disponíveis na época.
121. “O estudo de Naomi Oreskes sobre o consenso estava errado” – Benny Peiser, que criticou Oreskes, acabou retirando sua crítica.
122. “Trenberth não consegue explicar a ausência de aquecimento” – Trenberth está se referindo a detalhes do fluxo de energia, e não a se o aquecimento global está ou não acontecendo.
123. “O clima é caótico e não pode ser previsto” – O tempo é caótico, mas o clima é influenciado pelo desequilíbrio energético da Terra, que é mais previsível.
124. “O derretimento do gelo não está aquecendo o Ártico” – O derretimento do gelo faz com que mais luz solar seja absorvida pela água, o que esquenta o Ártico.
125. “A perda dos mantos de gelo está sendo superestimada” – Diversas medições independentes encontraram uma extensa perda de gelo na Antártica e na Groenlândia.
126. “Uma queda na atividade vulcânica causou o aquecimento” – Os vulcões não tiveram um efeito de aquecimento no recente aquecimento global; se houve algum efeito, foi de resfriamento.
127. “Os renováveis não são suficientes para fornecer energia de base” – Uma combinação de fontes renováveis complementada por gás natural pode fornecer energia de base.
128. “Erros nas medições por satélites inflaram as temperaturas dos Grandes Lagos” – Os erros das medições por satélites na região dos Grandes Lagos não são usados em nenhum registro das temperaturas globais.
129. “A respiração contribui para o acúmulo de CO2” – Na expiração, nós apenas devolvemos para o ar o mesmo CO2 que estava lá antes.
130. “O consenso do IPCC é forjado” – 113 países assinaram o relatório do IPCC de 2007, o qual apenas resume o corpo atual de evidências na ciência da climatologia.
131. “Soares descobriu que não há correlação entre o CO2 e a temperatura” – Soares analisou tendências de curto prazo altamente influenciadas pelas variações naturais, e ignorou a correlação de longo prazo.
132. “O CRU manipulou os dados  da temperatura” – Uma investigação independente checou as fontes primárias de dados e conseguiu reproduzir os resultados do CRU.
133. “O vapor d’água na estratosfera parou o aquecimento global” – Essa possibilidade significa apenas que o aquecimento global futuro pode ser ainda pior.
134. “As emissões de CO2 não têm correlação com a concentração de CO2” – Que os humanos estão causando o aumento de CO2 na atmosfera é confirmado por muitas análises isotópicas.
135. “O Sol está esquentando” – O Sol acabou de passar pelo período de mais baixa atividade nos últimos cem anos.
136. “Mauna Loa é um vulcão (ou seja, os dados da estação de Mauna Loa estariam sendo influenciados pelas emissões do vulcão)” – A tendência global é calculada a partir de centenas de estações de medição de CO2 e é confirmada por satélites.
137. “É calor residual” – O aquecimento causado pelo efeito estufa está adicionando cem vezes mais calor no clima do que o calor residual.
138. “Um aumento exponencial de CO2 resultará num aumento linear da temperatura” – Os níveis de CO2 estão subindo tão rápido que, a menos que se reduzam as emissões, haverá uma aceleração do aquecimento global neste século.
139. “A cobertura de neve bateu o recorde no inverno de 2008-2009” – A cobertura de neve no inverno 2008-2009 ficou dentro da média; a tendência de longo prazo na primavera e verão e a cobertura anual estão em rápido declínio.
140. “O nível do mar não está subindo” – A alegação de que o nível do mar não está subindo se baseia em gráficos escandalosamente adulterados, e são refutados pelas observações.
141. “Estamos nos aproximando de um resfriamento” – Não têm fundamento científico as afirmações de que o planeta vai começar a esfriar num futuro próximo.
142. “Esquentou na mesma velocidade nos períodos 1860-1880 e 1910-1940” – A tendência de aquecimento de 1970 a 2001 é maior que o aquecimento de 1860 a 1880 e de 1910 a 1940.
143. “Vênus não tem um efeito estufa extremo” – Muito provavelmente Vênus já sofreu antes uma fase de efeito estufa galopante ou “úmido”, e hoje  é mantido quente por uma atmosfera densa em CO2.
144. “A Antártica é fria demais para perder gelo” – As geleiras estão derretendo mais rápido para o oceano porque os mantos de gelo estão ficando mais finos devido ao aquecimento dos oceanos.
145. “O nível dos oceanos tem relação com as manchas solares” – Este detalhe é irrelevante para a observação do aquecimento global causado pelos humanos.
146. “O nível de CO2 era mais alto no período Ordoviciano tardio” – O Sol era bem mais frio durante o Ordoviciano.
147. “São os CFCs” – A contribuição dos CFCs (clorofluorocarbonetos) é pequena.
148. “Os cientistas voltaram atrás na alegação de que o nível do mar está subindo” – Os autores do artigo de Siddall escrito em 2009 voltaram atrás porque a elevação do nível do mar que previam estava baixa demais.
149. “O aquecimento é que causa o aumento de CO2” – O aquecimento recente se deve ao aumento de CO2.
150. “Os atóis de corais crescem com a elevação do nível do mar” – Milhares de atóis de corais se “afogaram” porque foram incapazes de crescer rápido o bastante para sobreviver à elevação do nível do mar
151. “A Groenlândia só perdeu uma pequena porção de sua massa de gelo” – A perda de gelo na Groenlândia está se acelerando e contribuirá com alguns metros para a elevação do nível do mar nos próximos séculos.
152. “O DMI (Danish Meteorological Institute) mostra que o Ártico está esfriando” – Embora as máximas no verão tenham mostrado uma baixa tendência de aumento, a média anual das temperaturas no Ártico subiu fortemente nas últimas décadas.
153. “Os céticos ficaram de fora do IPCC?” – Os registros oficiais, os editores e os emails sugerem que os cientistas do CRU agiram dentro do espírito, se não da letra, das regras do IPCC.
154. “A retroalimentação positiva significa um aquecimento descontrolado” – A retroalimentação positiva não levará a um aquecimento descontrolado; os estágios subsequentes nos ciclos de retroalimentação serão cada vez mais fracos, limitando a amplificação.
155. “São só alguns graus” – Um aquecimento de alguns graus terá um enorme impacto sobre os mantos de gelo, o nível dos mares e outros aspectos do clima.
156. “Limitar a emissão de CO2 não vai esfriar o planeta” –Limitar o CO2 não vai esfriar o planeta, mas fará a diferença entre um aquecimento global contínuo em níveis catastróficos e uma diminuição e até uma paralização do aquecimento em níveis talvez seguros.
157. “É a variabilidade interna” – A variabilidade interna só explica uma pequena parte do aquecimento e do resfriamento em intervalos de décadas, e estudos científicos mostraram de maneira consistente que ela não explica o aquecimento ao longo do século passado.
158. “O investimento em energia renovável diminui o nível de empregos” – O investimento em energias renováveis cria mais empregos do que o investimento em energia de combustíveis fósseis.
159. “São as transmissões de microondas dos satélites” – As transmissões dos satélites são extremamente pequenas e irrelevantes.
160. “A Royal Society considera o ceticismo” – Mesmo assim, a Royal Society afirma veementemente que a atividade humana é a causa dominante do aquecimento global.
161. “O CO2 causa somente 35% do aquecimento global” – O CO2 e a retroalimentação de vapor d’água são as maiores causas do aquecimento global.
162. “Não tínhamos aquecimento global durante a Revolução Industrial” – As emissões de CO2 eram muito menores há cem anos.
163 – “Hansen previu que a West Side Highway ficaria embaixo d’água” – Hansen estava especulando sobre as mudanças que poderiam acontecer se o CO2 duplicasse.
164. “Ljungqvist derrubou a curva do gráfico de taco de hockey” – A reconstrução das temperaturas feita por Ljungqvist é muito similar a outras reconstruções por Moberg e Mann.
165. “Remover todo o CO2 faria pouca diferença” – Remover o CO2 faria com que a maior parte da água contida no ar se precipitasse sob a forma de chuva, o que cancelaria a maior parte do efeito estufa.
Tradução: Déborah Danowski.
* Publicado originalmente no site da Revista Fórum.

sábado, 8 de outubro de 2011

Código Florestal, Lei 14675 (SC), papéis verdes e o que mais?

Da Agência Estado

Código Florestal pode dar incentivo econômico a quem preservar florestas

Para senadores, mexendo no “bolso” a nova lei poderá ajudar o meio ambiente.
O senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), relator de duas comissões do Senado pelas quais a reforma de Código Florestal ainda será analisada, afirmou na sexta-feira (7) que incluirá no projeto de lei incentivos econômicos para quem preservar florestas.
Em teoria, a ideia é vista com simpatia tanto por ruralistas quanto por ambientalistas. O senador disse na sexta-feira, em evento para debater o Código em São Paulo, que estuda várias sugestões de beneficiar quem mantiver as árvores em pé em suas propriedades e deu exemplos do que pode ser colocado na lei. De acordo com Silveira, uma das sugestões, a de criar um "papel verde nacional", partiu da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).
- Se um estudo de impacto ambiental determinou que o projeto de uma indústria vai gerar um impacto ambiental X, essa indústria então compraria papéis verdes de um cidadão que tem uma floresta. Ou seja, transforma-se a floresta num bem econômico ou, mais simplesmente, faz a árvore em pé valer mais que a árvore cortada. Ele compara com a negociação de créditos de carbono. E, segundo ele, quem cortou a vegetação irregularmente e estiver sendo multado também poderia converter a multa na compra desse papel de preservação.
- Esse papel é negociável em bolsa, cria-se um ativo circulante para o país. Hoje, apesar de termos a maior floresta do mundo, só obtemos 4% do seu valor econômico.
Outra ideia em avaliação partiu do senador Eduardo Braga (PMDB-AM). Ele sugere criar um fundo a partir de recursos da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), cobrada sobre combustíveis, dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e outras fontes tributárias para remunerar os pequenos produtores rurais.
- O eixo dessa lei, hoje, é a do comando e controle. Ela estabelece normas e procura a preservação por meio de ameaças punitivas. Vamos mudar e o eixo principal será o econômico. O homem se move pelo bolso.
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Vamos rememorar alguns fatos: Em 2009 o governo de Santa Catarina diminuiu a Mata Ciliar (Lei 14675 de 31.04.2009) das margens dos rios de 30 para 5 metros. Naquela época saiu a seguinte notícia:
Projeto é de autoria do governador Luiz Henrique (PMDB) e teve o apoio de fazendeiros, que buscam mais áreas para produzir (Felipe Bächtold Da agência Folha).

A Lei 14675  é uma lei estadual muito bonita. Quem a lê fica impressionado com os seus artigos. Logo no início quando trata dos Objetivos da Política Estadual do Meio Ambiente em seu Artigo 5, Inciso I (proteger e melhorar a qualidade do meio ambiente para os presentes e futuras gerações) e Inciso VI (proteger e recuperar processos ecológicos essenciais para a reprodução e manutenção da biodiversidade), dá mostras de ser uma Lei muito boa, mas lá na frente se contradiz quando no Capítulo V, Seção I, Artigo 114 diminui a mata ciliar.
 
Agora o mesmo autor da referida Lei quer criar incentivos econômicos para quem preservar florestas, e ainda, prevê que para quem já cortou e está sendo multado pode trocar a multa pelos papéis verdes.

Vamos ver o que o Ministro do Meio Ambiente da época Carlos Minc disse a respeito: "É uma lei que contraria a lei federal. Eu já dei ordens para o Ibama embargar tudo o que for construído a cinco metros dos rios. Quem resistir vai ser preso” (Agencia O Globo de 03/04/2009)

O STF-Supremo Tribunal Federal ficou de julgar Ações Diretas de Inconstitucionalidade. Uma do Partido verde e outra do Ministério Público (ambas de SC), exigindo que seja mantida a obediência à Lei Federal, a qual o código catarinense contraria vários dispositivos, inclusive o Código Florestal Brasileiro”. (Daniela Lima - conscienciacomcia.com.br).
 
O que será que foi feito até agora? 

UMA COISA É CERTA: NENHUM PAPEL VERDE SUBSTITUI A FOLHA VERDE DE UMA ÁRVORE!
 
 
 

Saldo Ambiental do festival de música Rock in Rio

O maior festival de música do mundo o Rock in Rio foi assistido por aproximadamente 100.000 pessoas por dia. Haviam pessoas que passavam horas na Cidade do Rock: 12, 15, ou até mais. Todas estas pessoas. além de assistir aos shows tinham de se alimentar e cuidar da higiene pessoal. Os organizadores pensaram em muitas alternativas para não causar dano ambiental, porém, nem sempre tudo dá certo. Os banheiros químicos transbordaram urina formando verdadeiras lagoas fétidas por onde as pessoas caminhavam para "se aliviar". Os sanduiches "ämbientalmente pensados" não vinham em embalagens de papelão como é servido normalmente, mas em compensação vinham em papel alumínio que muitas vezes não achava o seu destino final nas diversas lixeiras espalhadas por toda a Cidade do Rock. O lixo produzido em 7 dias foi projetado para 200 toneladas e acabaram sendo mais de 300 toneladas. Faltou EDUCAÇÃO AMBIENTAL! Deixo aqui algumas sugestões para o próximo festival: produzam-se ingressos um pouco maiores e com letras garrafais e bem visíveis informações sobre Educação Ambiental (onde depositar seu lixo, a importância disso e o que puder mais ser escrito)e junto com o ingresso fornecer sacolas de plástico biodegradável. Afinal de contas se os astros do Rock se preocuparam com a questão ambiental porque os fãs também não se preocupam?
Jony Harri Bornmann-Educador Ambiental

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

FALÊNCIA DA SUIÇA?

Recebi um e-mail de um amigo português, e não poderia deixar de transcrever o conteúdo que segue abaixo.
Preocupa e muito e a todos!






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A MAIOR LAVANDARIA DE DINHEIRO DO MUNDO AMEAÇA FALIR !

A Suíça estremece.
Zurique alarma-se.
Os belos bancos, elegantes, silenciosos de Basileia e Berna estão ofegantes.
Poderia dizer-se que eles estão assistindo na penumbra a uma morte ou estão velando um moribundo.
Esse moribundo, que talvez acabe mesmo morrendo, é o segredo bancário suíço.
O ataque veio dos Estados Unidos, em acordo com o presidente Obama.

O primeiro tiro de advertência foi dado na quarta-feira.
A UBS - União de Bancos Suíços, gigantesca instituição bancária suíça viu-se obrigada a fornecer os nomes de 250 clientes americanos por ela ajudados para defraudar o fisco.
O banco protestou, mas os americanos ameaçaram retirar a sua licença nos Estados Unidos.
Os suíços, então, informaram os nomes.
E a vida bancária foi retomada tranquilamente.

Mas, no fim da semana, o ataque foi retomado.
Desta vez os americanos golpearam forte, exigindo que a UBS faculte o nome dos seus 52.000 clientes titulares de contas ilegais!

O banco protestou.
A Suíça está temerosa.
O partido de extrema-direita, UDC (União Democrática do Centro), que detém um terço das cadeiras no Parlamento Federal, propõe que o segredo bancário seja inscrito e ancorado pela Constituição federal.
Mas como resistir?

A União de Bancos Suíços não pode perder sua licença nos EUA, pois é nesse país que aufere um terço dos seus benefícios.
Um dos pilares da Suíça está sendo sacudido.
O segredo bancário suíço não é coisa recente.

Esse dogma foi proclamado por uma lei de 1934, embora já existisse desde 1714.
No início do século 19, o escritor francês Chateaubriand escreveu que neutros nas grandes revoluções nos Estados que os rodeavam, os suíços enriqueceram à custa da desgraça alheia e fundaram os bancos em cima das calamidades humanas.
Acabar com o segredo bancário será uma catástrofe económica.

Para Hans Rudolf Merz, presidente da Confederação Helvética, uma falência da União de Bancos Suíços custaria 300 biliões de francos suíços ou 201 milhões de dólares.
E não se trata apenas do UBS.
Toda a rede bancária do país funciona da mesma maneira.
O historiador suíço Jean Ziegler, que há mais de 30 anos denuncia a imoralidade helvética, estima que os banqueiros do país, amparados no segredo bancário, fazem frutificar três triliões de dólares de fortunas privadas estrangeiras, sendo que os activos estrangeiros chamados institucionais, como os fundos de pensão, são nitidamente minoritários.

Ziegler acrescenta ainda que se calcula em 27% a parte da Suíça no conjunto dos mercados financeiros offshore" do mundo, bem à frente de Luxemburgo, Caribe ou o extremo Oriente.
Na Suíça, um pequeno país de 8 milhões de habitantes, 107 mil pessoas trabalham em bancos.
O manejo do dinheiro na Suíça, diz Ziegler, reveste-se de um carácter sacramental.
Guardar, recolher, contar, especular e ocultar o dinheiro, são todos actos que se revestem de uma majestade ontológica, que nenhuma palavra deve macular e realizam-se em silêncio e recolhimento...

Onde param as fortunas recolhidas pela Alemanha Nazi?
Onde estão as fortunas colossais de ditadores como Mobutu do Zaire, Eduardo dos Santos de Angola, dos Barões da droga Colombiana, Papa-Doc do Haiti, de Mugabe do Zimbabwe e da Máfia Russa?
Quantos actuais e ex-governantes, presidentes, ministros, reis e outros instalados no poder, até em cargos mais discretos como Presidentes de Municípios têm chorudas contas na Suíça?
Quantas ficam eternamente esquecidas na Suíça, congeladas, e quando os titulares das contas morrem ou caem da cadeira do poder, estas tornam-se impossíveis de alcançar pelos legítimos herdeiros ou pelos países que indevidamente espoliaram?

Porquê após a morte de Mobutu, os seus filhos nunca conseguiram entrar na Suíça?
Tudo lá ficou para sempre e em segredo...
Agora surge um outro perigo, depois do duro golpe dos americanos.
Na mini cúpula europeia que se realizou em Berlim, (em preparação ao encontro do G-20 em Londres), França, Alemanha e Inglaterra (o que foi inesperado)  chegaram a um acordo no sentido de sancionar os paraísos fiscais.

"Precisamos de uma lista daqueles que recusam a cooperação internacional", vociferou a chanceler Angela Merkel.
No domingo, o encarregado do departamento do Tesouro britânico Alistair Darling, apelou aos suíços para se ajustarem às leis fiscais e bancárias europeias.
Vale observar, contudo, que a Suíça não foi convidada para participar do G-20 de Londres, quando serão debatidas as sanções a serem adoptadas contra os paraísos fiscais.

Há muito tempo se deseja o fim do segredo bancário.
Mas até agora, em razão da prosperidade económica mundial, todas as tentativas eram abortadas.

Hoje, estamos em crise.
Viva a crise!!!
Barack Obama, quando era senador, denunciou com perseverança a imoralidade desses remansos de paz para o dinheiro corrompido.
Hoje ele é presidente.
É preciso acrescentar que os Estados Unidos têm muitos defeitos, mas a fraude fiscal sempre foi considerada um dos crimes mais graves no país.

Nos anos 30, os americanos conseguiram laçar Al Capone.
Sob que pretexto?
Fraude fiscal.

Para muito breve, a queda do império financeiro suíço!